sábado, 30 de janeiro de 2010

Dilma vê internet como fundamental na próxima eleição




Bruno Bocchini, da Agência Brasil


A ministra-chefe da Casa Cilvil, Dilma Rousseff, diz que a internet será muito importante na escolha do próximo presidente da República. Segundo a ministra, a rede será decisiva para o debate e a formação de opinião dos eleitores.

“Eu acho que essa eleição vai abrir espaço para sinalizar a importância da internet no processo político brasileiro. Não acredito que essa eleição possa passar sem os blogueiros, sem os tuiteiros [usuários do twitter] no debate e na opinião dentro da internet. Isso só contribui para o país, para a manifestação da diferença de opiniões”, afirma ela.

Dilma voltou a negar que seja candidata a presidência da República. “Eu não posso me afirmar candidata, não sou candidata de mim mesma. Só quando o Partido dos Trabalhadores se reunir no congresso, a partir de fevereiro, e me indicar, eu serei [candidata]. E isso não é uma questão formal. Isso é uma questão de respeito político ao partido ao qual eu sou filiada”.

A ministra se encontrou com o Lawrence Lessig, professor da faculdade de direito de Stanford, nos Estados Unidos, e um dos maiores defensores dos licenciamentos livres para a distribuição de bens culturais digitais, quando discutiram a nova lei de direitos autorais brasileira.

“Segundo ele, nossa lei vai ser uma das mais avançadas no mundo. Nosso marco civil entende que a internet não pode ser objeto de uma regulamentação que estreite o acesso, que torne a internet sujeita a cesura ou a restrições”.

Dilma disse acreditar que a nova lei esteja pronta ainda no primeiro semestre de 2010. .

sábado, 9 de janeiro de 2010

O fim (da era) dos jornais, por Paul Starr – Postagem: Luiz Carlos Nogueira


Sexta-feira, 6/3/2009
O fim (da era) dos jornais, por Paul Starr
Julio Daio Borges



Digestivo nº 405 >>> Paul Starr escreveu, até agora, o melhor epitáfio para os velhos jornais, na New Republic. Talvez porque, de maneira inédita, ganhamos um ensaio de um veterano observador, que não foge aos fatos, que não nega a internet em toda a sua complexidade e que prevê um cenário sombrio “além do bem e do mal”. Starr extrapola a extinção, em si, do antigo suporte que conhecíamos como “jornal” e procura entender o que isso significa para a nossa sociedade. O texto lamenta, por exemplo, que algumas cidades dos Estados Unidos corram, atualmente, o risco de perder seu último diário. E se algumas seções do vetusto embrulha-peixe já foram substituídas – até com vantagens – por veículos de nicho, na internet, Paul Starr não acredita que alguma organização, oriunda da WWW, vá assumir a cobertura política de outrora. Não com o mesmo “espírito cívico” – como se um repórter de política, ou de assuntos políticos, se sentisse um legítimo representante da sociedade, fiscalizando, cobrando (e até aperfeiçoando) governos, governantes e governados. Starr remete à invenção da TV a cabo e atribui-lhe a culpa pela programação de “entretenimento” que desviou a atenção das massas dos telejornais. Divorciados das hard news – por pura preguiça mental –, muitos cidadãos se alienariam politicamente, tornando-se lenientes para com a corrupção (este trecho nos soa familiar?). A escassez de cobertura política diária, combinada com uma audiência refratária à realidade em volta, resultaria num retrocesso em termos de civilização. O fim dos jornais, para Paul Starr, não seria um fato isolado, mas desencadearia o fim da era dos jornais...
>>> Goodbye to the Age of Newspapers

Fonte: Site “Digestivo Cultural” – link para conferir: http://www.digestivocultural.com/arquivo/nota.asp?codigo=1525

Julio Daio Borges
Editor